segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

História da Origem da Cirurgia Plástica



A história da Cirurgia Plástica remonta a tempos remotos.


O primeiro relato que se tem notícia é um papiro do egito antigo, o papiro de Edwin Smith (aprox. 2500 a.C.). Há nele referências a tratamentos de fraturas mandibulares, nasais, cranianas, entre outros procedimentos cirúrgicos. A cirurgia plástica propriamente dita possivelmente se originou na índia, no segundo milênio antes de Cristo. As tribos na época praticavam punições pesadas aos seus integrantes, as mulheres, por exemplo, tinham seus narizes amputados em caso de adultério. Como na época era permitidas dissecções anatômicas, abriu-se muito campo para os experimentos e a cirurgia plástica se desenvolveu.


Cirurgiões indianos tentavam reconstruir a ponta do nariz das vítimas, utilizando um retalho da face interna do braço e também pontas de orelhas. Esta cirurgia foi descrita no livro de Sushruta e, é o primeiro registro de uma cirurgia plástica. Sashruta é uma compilação de diversos conhecimentos médicos adquiridos empiricamente, ou seja, que foram passados de geração em geração ao longos dos tempos. Ele possui os fundamentos básicos da cirurgia na índia da época - entre 200 e 100 A.C. O escritor, Sashruta, fez um relato completo, um verdadeiro estudo da medicina da época. Só para para se ter uma idéia, em seu texto, são descritos 121 instrumentos cirúrgicos, sendo 101 tipos de instrumentos auxiliares (yantras) e 20 variedades de instrumentos cortantes. Apresenta também 300 procedimentos cirúrgicos, tais como obstruções do intestino, remoção de pedra na bexiga e catarata, assim como e técnicas de incisões, cauterização, extração de dentes. Sugere o uso de vinho na diminuição da dor durante operações. Classifica em detalhes seis tipos de deslocamentos ósseos e doze variedades de fraturas, assim como os princípios de tratamento. No mesmo livro também é proposto um dos primeiros códigos de ética para professores e estudantes de medicina.


Na antiga Roma também eram feitas pequenas cirurgias para reparar pontas de orelhas. Já na Grécia, no quinto século A.C., eram proibidas as dissecções anatômicas, havia o famosos desejo de respeitar os corpos após a morte. O que não fez com que estudos deixassem de serem feitos. Estudavam-se os animais.


Na Grécia Antiga, Hipócrates (século V a.C.) deixou descrições de inúmeros procedimentos relativos à Cirurgia Plástica como enfaixamentos, cuidados com a estética de curativos, e até mesmo preocupou-se com a calvície. Por muito tempo a história da cirurgia plástica ficou estagnada. Por diversos motivos, principalmente religiosos. Apesar das experiências feitas as escuras, as coisas só mudaram quando o Papa Sixto V autorizou as dissecções anatômicas em meados do século XVI. Um novo impulso foi dado com o trabalho de Gaspare Tagliacozzi publicado em 1597 descrevendo reconstruções nasais, auriculares e labiais com transplante pediculado de membro superior, conhecido como retalho italiano. O uso de armas de fogo aumentava cada vez mais e o uso da cirurgia se fazia cada vez mais necessário.


Foi a partir da I Grande Guera que a Cirurgia Plástica oficializa-se como especialidade médica. O que servia de auxílio para os mutilados de guerra. Desde então, técnica reconstrutivas foram criadas e aperfeiçoadas. O conhecimento da anatomia reconstrutica foi aplicado assim para as correções congênitas e estética, alcaçando assim a atual cirurgia plástica.



Dr. Armando Cunha

Cirurgião Plástico








Adaptação:neuronioshiperativos.blogspot.com

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